CAIXA reduz taxas de juros para crédito imobiliário

DREAMCASA
4 min readJun 7, 2019

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Redução chega a até 1,25%, ou taxa mínima de 8,5% + TR para financiamentos SBPE.

A taxa mínima para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) será de 8,5% a.a. e a máxima de 9,75% a.a. As novas taxas já começam a valer na próxima segunda-feira, 10 de junho. “A taxa mínima estava a 9,75% pelo SFI e 11% na taxa balcão, e a Caixa vinha perdendo mercado, e nós estamos corrigindo essa defasagem”, observou o presidente Pedro Guimarães.

As novas taxas anunciadas nesta quarta valem para as diversas modalidades de financiamento imobiliário: compra de imóvel novo, financiamento de imóvel usado, compra de terreno e construção, construção de imóvel em terreno próprio e para reforma de imóveis e ampliação de moradia.

A maior taxa praticada pelo banco caiu de 11,00% + Taxa Referencial (TR, atualmente em zero) para 9,75% + TRU uma das maiores taxas já praticadas pelo banco despencou de 11%, mais taxa referencial (0% atualmente) e foi parar em 9,75% mais TR. A menor taxa praticada por sua vez, foi 8,75%+TR para 8,5% + TR.

“A grande mensagem é que nós estamos eliminando as distorções, para não ter o tratamento diferenciado em categorias de renda”, destacou o presidente. A partir de 10 de junho, tanto para o SFH, que tem a utilização do FGTS pelo tomador, quanto no financiamento pelo SFI, a taxa mínima será de 8,5 % + TR.

Como ficam as renegociações?

O banco também informou as novas condições para renegociar um financiamento imobiliário de pessoa física. Conforme divulgou a Caixa, as novas medidas afetam em torno de 600 mil famílias e podem beneficiar pouco mais de 2,3 milhões de pessoas. Em alguns contratos em atraso, os juros podem ser reduzidos a zero.

Entre as opções de renegociação, está o pagamento de uma parcela e a diluição das demais parcelas em atraso no restante do financiamento.

Existe ainda, a possibilidade de usar o FGTS para abater no financiamento e reduzir assim o valor das parcelas. O banco está aberto a todos os clientes que desejarem renegociar seus financiamentos imobiliários.

Outras mudanças:

Caixa confirma que vai lançar crédito imobiliário indexado ao IPCA em duas ou três semanas:

Componente da TR vai ser trocado pelo IPCA, o que facilita a proteção da instituição, disse Pedro Guimarães

O atual presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou nesta quarta, dia 5, que a redução de juros para financiamentos imobiliários anunciada pelo banco não é a única atitude que visa a redução nos custos das operações.

“A mudança de paradigma será alterar a indexação dos empréstimos para IPCA em novos financiamentos. Porém, o sistema da instituição não comporta essa operação. Por este motivo, estamos fazendo um movimento intermediário e vamos lançar o novo modelo em duas ou três semanas” afirmou.

“Esse componente da TR será substituído pelo IPCA, o que facilita a proteção da instituição por meio da compra de títulos federais remuneradas pelo mesmo indexador. O modelo já está aprovado, mas o sistema do banco ainda deverá se adequar. Após essas medidas entrarem em ação, a redução dos juros será ainda mais impactante.

Segundo Guimarães, o risco da inflação se elevar durante o prazo das operações seria o mesmo tanto nas linhas de TR quanto nas linhas de IPCA. Além disso, ele reiterou que a indexação pelo IPCA facilitará securitização da carteira imobiliária.

“Se eu conseguir securitizar 10% da carteira por ano, eu dobro a minha oferta de crédito. Isso será uma revolução. Acredito que outros bancos também devem abrir linhas com juros referenciados pelo IPCA”, completou.

Entenda a unificação de taxas:

Na coletiva para os jornalistas, o presidente ainda anunciou duas novidades para o crédito imobiliário, previstas para entrar em prática de duas a três semanas: a opção de escolha pelos tomadores entre a indexação pela TR ou IPCA e a opção de financiar pela SAC ou Price.

Até o momento, a CAIXA apenas trabalha com a indexação por TR, que é determinada pelo Ministério da Economia, portanto volúvel quando se trata de um financiamento a longo prazo como é o habitacional, explicou Pedro Guimarães.

“Estamos igualando as taxas para diferentes faixas de renda. A taxa é igual para todo mundo. Estamos eliminando essa distorção, que era o tratamento diferenciado entre as faixas de renda”, comentou o presidente da caixa. Ele garantiu que a caixa não se limitará no público de baixa renda, mas afirmou que o banco também buscará crescer na oferta de crédito para a classe média.

A Caixa econômica unificou taxas aplicadas nos empréstimos só sistema financeiro de habitação, o SFH, e do sistema financeiro imobiliário, o SFI, que é mais voltado para imóveis com o valor acima de R$1,5 milhão — que não podem ser financiados com recursos do fundo de garantia de tempo de serviço (FGTS).

Quanto a opção de financiar pela tabela Price, estará disponível conforme avaliação de crédito. A vantagem da tabela Price é começar a pagar prestações menores, que vão subindo gradativamente. Essa medida visa atender a uma expectativa de aumento de renda do cliente no decorrer dos anos. “Isso é uma demanda dos construtores, que nós percebemos ao ouvir vários empresários com as visitas do CAIXA Mais Brasil, é uma demanda importante, do mercado”.

Na ocasião, o presidente reafirmou o compromisso com a continuidade dos programas habitacionais para a classe baixa. “A Caixa Econômica Federal vai continuar com foco na classe baixa. Não existe descontinuidade do Minha Casa Minha Vida”, afirmou.

Segundo Guimarães, a caixa voltará a emprestar pela modalidade “Price”, que tem parcelas iniciais mais baratas. “Isso era uma demanda das construtoras e dos tomadores de empréstimos. Vamos deixar o mercado fluir e deixar o cliente escolher entre SAC e Price”, concluiu.

Fonte: Caixa Econômica Federal / Governo Federal / infomoney / Exame

By: Michele Carvalho

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